quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Abismo

Os Senhores Deputados perdem tempos malucos a analisar um negócio que não se fez, entretidos a brincar aos tribunais mas sem a coragem necessária para retirar dos seus actos as consequências políticas necessárias. 
Por razões que chamam estratégicas ou políticas.
Confesso que já não tenho paciência para comissões de ética e comissões de inquérito, que não chegam a lugar nenhum e que, ainda por cima, talvez de forma propositada fazem correr rios de tinta jornaleira para que o país se distraia com o acessório em vez de se concentrar no essencial.
O país tem certamente muitos problemas mas o principal é uma profunda crise de credibilidade daqueles que se arrogam representar o povo, eleitos por círculos de onde não pertencem, onde não residem, mas que depois lhes serve para o "tacho", para se submetem a disciplinas partidárias de ocasião, votando como os outros, fazendo figura de corpo num plenário onde falam apenas 3 ou 4.
Os do costume.
Às vezes olho para aquele plenário e concluo como seria a mesma coisa se lá estivessem uns 10 a representar os outros, votando com dezenas de votos cada um.
Quase metade deste país não vai às urnas.
Vence por isso as eleições mas ninguém quer saber.
Dizem que é normal, que é assim em todos os países, que é a praia ou é a chuva.
Mas é muito mais do que isso.
Nas noites eleitorais todos ganham mas, na realidade, todos perdem.
É o principio da derrota, a continuação do caminho das trevas.
Logo nesse dia os programas eleitorais - enunciados bacocos de intenções - são deitados ao lixo.
Mesmo que ninguém se aperceba.
Ninguém quer saber, a não ser que se seja conveniente para invocar uma qualquer legitimidade circunstancial. 
Gostava de ver isto discutido com a profundidade que merece antes que não valha mais a pena discutir o que quer que seja.
É tão evidente o abismo e os passos seguros que damos na sua direcção que por vezes me questiono se não vamos alegremente, como o outro, dizer depois "o país estava à beira do precipício e tomou a decisão certa: deu o passo em frente" 

segunda-feira, 17 de maio de 2010

As Farpas do Eça

Ano - 1872
"... Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito.
Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par, a Grécia e Portugal".

domingo, 16 de maio de 2010

Cromos

Já não me lembro da última vez que fiz. Mas já tinha saudades.
Chegaram a esgotar a semana passada.
Já tenho o Liedson, o Moutinho (que afinal não vai) e o Miguel Veloso.
Ou seja, mais de 90% da caderneta está completa.
Os outros são pormenores.

Partilha

Momento de partilhar outras ideias fora do Horizonte Jurídico.
Haja tempo para o fazer.